sexta-feira, 27 de junho de 2008

"Todo dj já sambou chega em sua 2 edição, com novidades


"Chega às livrarias nas próximas semanas a segunda edição do meu livro Todo DJ Já Sambou - A História do Disc-Jóquei no Brasil. Como você deve saber, ele estava esgotado havia quase três anos!

Esta nova edição está bem legal, dei uma bela atualizada - afinal, vivemos um momento muito particular com relação às formas de distribuição de música, e isso tinha que entrar num livro sobre DJs, né?

Outra novidade é o texto de introdução bacanérrimo escrito pelo DJ e jornalista inglês Bill Brewster, autor da bíblia "Last Night a DJ Saved My Life", um dos livros mais importantes - se não for o mais - já publicados sobre a história do DJ e da dance music.

Além disso, também há umas fotinhos novas. "


Release de Cláudia Assef




E vai ter festa de lançamento!!!

No dia 4 de Julho, nosegundo andar da sala de leitura do Sesc Pinheiros, às 18h, com palestra ministrada pela autora e pelos djs: Eswaldo Pereira (primeiro dj brasileiro), Patife, Grego, Anderson Noise e Magal. Após o bate papo, demostração de vários estilos com djs se revezando pelas pick-ups.

Imperdível em?

A entrada é livre até o limites de vagas.

Portanto... corra!!!


quinta-feira, 26 de junho de 2008

Entrevista com o Dj Márcio TPS


O Dj e produtor de eventos Márcio TPS é de São Paulo, mas foi morar no Rio Grande do Sul já há algum tempo, onde tem realizado festas importantes para a cena do sul do país.
Márcio concedeu uma entrevista polêmica para uma matéria que eu escrevi para o Psyte, e resolvi publicá-la na íntegra aqui no blog, pois ela é cheia de revelações e percepções interessantes dessa figura, que não tem papas na língua!
Confira:

1-) O que você acha das panelinhas existentes entre os núcleos das festas? Como elas se estruturam, e quando começam a atrapalha a cena?

Acho que as panelinhas funcionam como uma panela sem tampa, não cozinha o alimento direito. A cultura da música eletrônica perdeu musicalidade artística que durou até o final da década de noventa, consequentemente muitos profissionais deixaram de ser bookados. Hoje em dia produtores também passaram a ser deejays, e acabaram abraçando o “eu toco ai que você toca aqui” uma política desleal com o mercado fazendo com que djs se sintam ridicularizado. Quem perde é a evolução da cultura eletrônica, o público privado de ter acesso a diversos profissionais espalhados pelo Brasil cheio de conteúdo, musicalidade e técnica para mostrar. O fim do vinil, a digitalização da musica e o boom da cena eletrônica tornou-se muito fácil e matemático ser um Deejay, existe boas escolas e bons profissionais, mas acredito que a ética deixa a desejar, além disso, surgiram muitos núcleos sem conceitos e referências visando apenas o lado financeiro se preocupar com a qualidade sonora!


2-) Que nichos de negócios estão dando mais dinheiro hoje no mercado psytrance brasileiro, e o que não compensa mais? Você saberia me dizer por que isso acontece?

As festas comerciais com certeza dão muito mais dinheiro, mas também trazem mais problemas, por exemplo: Aqui em Porto Alegre tivemos sérios problemas com dois grandes e importantes núcleos da cena Paulista a exxxpirience e a tribe. Tivemos algumas edições da xxx com recordes de ligações para a policia ambiental devido ao mega sound system montado no evento, a tribe foi à mesma coisa e isso acaba “queimando” e dificultando a autorização para eventos produzidos por núcleos locais que respeitam a localização e o afastamento das zonas urbanas. É claro que trazer um mega evento com um mega line up e disponibilizar atrações de porte para o público é extremamente importante, mas requer uma boa localização, porém, acredito que não compense devido aos problemas deixados e que acabamos sofrendo o pacto. Eventos menores não ganham muita grana, mas atrai um público selecionado que vai atrás de boa música independente de localização, evitando problemas com o poder público e facilitando a retirada de alvará!

3-) Você acredita que a cena ainda vai durar muito tempo?

Acredito após a virada de 2000 a cena já não é mais, tecnho, psytrance, house, minimal e outros, hoje com certeza existem tribos e até diversos estilos diferentes dentro de um evento quebrando "pré-conceito”, podemos falar de cultura e quando se fala de cultura fala-se de comportamento, música de expressão e entretenimento, geração de emprego que é extremamente importante para o pais. No fim da década de 80 até meados de 95 a música passou por grandes momentos, após esse período houve uma queda centralizando estilos em determinados locais e regiões. A popularização que houve em 2000 foi gratificante e extremamente necessária para que firmássemos a cultura eletrônica no país inclusive perante as autoridades públicas, com a popularização e a informação abriram-se portas para cursos e a profissionalização de pessoas que se identificam com a música eletrônica no geral, porém, na parte organizacional ainda falta muito a fazer.

4-) Na sua opinião, há um monopólio de mercado, ou há espaço para todo mundo?

Acredito que haja um monopólio “Brasileiro” e que é temporário para esses oportunistas, já está rolando a abertura do mercado e muito em breve será de todos, basta serem bom! Um fator positivo com a digitalização e globalização mundial é a possibilidade de haver sites que comercializam e-muscic através de dawnloads, isso favorece qualquer artista conhecido ou não, bastar estar fazendo musica. É incrível, tem muita gente boa produzindo por ai, imagina a possibilidade de finalizar uma track e disponibilizar em minutos para todo o globo isso é extremamente positivo.

5-) A IWFC NET Music, Ultravision e a Daylight são seus meios de vida hoje em dia? Conte um pouco sobre os seus nichos de mercado e como faz para sobreviver.

A IWFC é um dos primeiros portais de venda de e-music no Brasil, antigamente funcionava apenas como gravadora, já lançou artistas como Pedra Branca e Killer Buds, em de abril de 2004 fizemos uma label party em Porto Alegre com mais de 30 horas de festa e com todos os artistas da gravadora. No ano de 2005 a gravadora se reformulou e passou a ser um portal de vendas de e-music proporcionando aos usuários a possibilidade de fazer dawnloads de e-music de artistas do mundo todo e melhor com preços acessíveis e moeda corrente. Hoje sou manager da IWFC no Rio Grande do Sul e Santa Catarina buscando e agregando ao site antigos e novos talentos produtores de eletrônica indiferente de estilos. A Ultravision além de ser a principal empresa de cenografia do Estado também é uma produtora e trabalha em parceria junto à outra produtora com o qual faço parte a Daylight, sempre inovamos nossos eventos e trazemos artistas de diferentes partes, não só do Brasil como da gringa, sem esquecer do lado filantrópico, consciência ecológica e do conceito quando se trata de festa de música eletrônica.


6-) Que visão você tem dos sites que vendem música eletronica? É possível competir com a pirataria e com os downloads gratuitos? De que maneira?

Acredito que a melhor sacada no meio musical foi a venda de e-music pela internet através de dawnloads, mas isso vai passar por uma transformação e conscientização do próprio público. O cd importado além do problema com o cambio flutuante sofre com o acréscimo dos impostos Brasileiro chegando a um valor final absurdo fazendo com que as pessoas busquem o dawnload gratuito, e, os cds que são prensados no Brasil são insuficientes para agregar o case de qualquer dj ou amante de música eletrônica. Além do problema econômico, temos o problema cultural, nem todo mundo sabe que a música baixada pela internet de forma gratuita prejudica o artista e o mercado fonográfico no geral além de baixar a música com qualidade muito inferior ao som wav. Em longo prazo as pessoas iram buscar a música de boa qualidade, mas economicamente as empresas taram que fazer sua parte disponibilizando os dawnloads com um valor acessível, além disso, campanhas envolvendo artistas que produzem música eletrônica seriam uma boa sacada para conscientização. A IWFC, por exemplo, disponibiliza dawnlodas num preço extremamente justo e acessível é só acessar para conferir, iwfc.imusica.com.br.

7-) Como a indústria do trance se mantém hoje?

Aqui em Porto Alegre a cena cresce a cada ano, rolam diversas festas legais por todo o estado até festivais rola por aqui. O público está cada vez mais exigente, e tendo uma melhor percepção do que é o som bom e o som ruim, os produtores são interessados em suprir a necessidade dos freqüentadores investindo em artistas de alta qualidade, organização, cenográfica e local cada vez mais distante da cidade. Ainda falta muito a melhorar, mas acredito que esses são elementos fundamentais para manter uma cena em crescimento.

8-) Você está contente com a cena brasileira hoje?

Em partes sim, a cena teve uma grande evolução e levou a cultura da música eletrônica até as pessoas sem visar classe social ou statos, isso não tem preço e é extremamente gratificante de ver. Além disso, hoje podemos dizer que a nível mundial o Brasil é referência em quantidades de eventos, mas peca em qualidades e valorização do produto que em de fora. Por outro lado existe uma prostituição profissional, e muitos oportunistas que visam apenas o lado e produzem eventos de baixa qualidade visando apenas o lado financeiro, acabam contribuindo para que o público perca referências, isso não é bom em lugar nenhum do Brasil. Outro fator agravante é o problema com o lixo, acredito que esse foi um dos primeiros sinais que a cena brasileira estava entrando num processo extremamente capitalista, poucas festas se vai e escutar falar sobre conscientização ecológica....

9-) No Sul é possível ganhar tanto dinheiro como em São Paulo? Ouvi dizer que a cena aí está cada vez maior... É verdade? E o mercado, está cada vez melhor para quem vive disso, ou você gostaria de reclamar de algo?

Não é possível ganhar tanto dinheiro como em São Paulo até mesmo por uma questão populacional. As festas comerciais levam uma grande fatia do mercado, porém a cada ano perdem público para festas menores e bem mais estruturadas e preocupadas com falta de infra-estrutura e conceito. Temos um evento que rola no litoral chamado Outro Mundo, dois dias de festa paralelo a um mega evento chamado Planeta Atlântida, é uma festa extremamente conceituada, tradicional e preocupada com o meio ambiente, oferece oficinas diversas e não deixa de ter uma mega estrutura comercial, alcança o público de todo o estado às pessoas acampam e vivem em espírito de paz é produzida com quem realmente se preocupa com uma filosofia Trance, isso existe por aqui, podem apostar!

10-) por que você mudou para o Rio Grande do Sul? Oportunidades? Negócios? Feelings? Ou o que mais?

Depois de passar dois anos na Europa onde adquiri muita experiência como profissional retornei para o Brasil toquei em algumas festas em São Paulo e fiz os primeiro contatos com a galera de Porto, especificadamente com a Sabrina Flow uma das pessoas que mais acreditou na cena trance gaúcha e no meu trabalho. Fiz minha primeira apresentação aqui em porto em 2003 numa Earthdance, à cena estava iniciando, mas já tinha cara que iria dar muito certo. Fui convidado a participar do principal núcleo e pioneiro de festas Trance em Porto Alegre a Psyconautas, a partir daí foram rolando diversos eventos e a cena foi crescendo a cada ano, fiz diversos amigos e acabei tornando referência como profissional em todo o Estado, Fizemos três festivais num lugar maravilho chamado Garapiá (Garapiá Trance Festival) onde teve divulgação a nível Nacional e decidi fixar residência aqui no RS. Aqui em porto o mercado é muito justo do comparado com São Paulo, o dj e produtor que é bom realmente são visto com outros olhos pelos produtores. Hoje vivo de música, produzo musical eletrônica e trilhas para sites e filmes, tenho um projeto de psytrance chamado DreamLines, sou valorizado pelo profissional que sou e adoro essa terra, ela é extremamente bonita e agradável.

Obrigado Gaby
Márcio TPS (IWFC recs – SP/RS)
Booking:
djtps@hotmail.com (msn)51-81649793

terça-feira, 24 de junho de 2008

Lo kik Records lança sua terceira compilação digital

Lo kik Records lança sua terceira compilação digital

Act. Sense, Daniel Marques, Gabe e Re Dupre são os destaques do álbum. Lançamento será no dia 24 de junho.


A Lo kik, selo brasileiro dedicado ao house, techno, minimal e vertentes, lança no dia 24 de junho mais uma compilação da série SELECTED, lançamento exclusivo em formato digital. Após o sucesso dos dois primeiros, o terceiro volume, sai a venda com uma compilação de alto nível, mostrando cada vez mais o potencial e bom gosto dos produtores brasileiros.

O álbum traz os expoentes do minimal, tech house e techno, já um sucesso nas pistas de dança de todo o mundo. Estão presentes na compilação, em 10 faixas, nomes que são hoje uma realidade dentro do cenário eletrônico nacional. Act. Sense, Daniel Marques, Gabe, Re Dupre e Marcelo VOR encabeçam esta lista.

Depois do sucesso da faixa Compulsive Disorder, alcançando o top 3 do Beatport (site de vendas de musica eletrônica digital), “Arritmia”, do Act. Sense,, promete e muito, com sonoridades novas influenciadas do house, sem perder a característica minimalista da dupla.

O experiente produtor Daniel Marques fez sua estréia no low bpm, com o Ep "Under the Gun". As três faixas mais vendidas do gênero. “On a Drawn” mostra uma nova cara do som minimalista, musica pra cima, com baixo bem groove, cheio de efeitos e surpresas durante a progressão do som, com a combinação perfeita das percussões minimais.

A track “Vegas” mostra um pouco mais da nova tendência que o produtor Gabe vem seguindo no momento, um groove para não deixar ninguém parado, característico de qualquer produção de Gabe, sempre muito dançante voltado a pista de dança.

Mais uma bomba de Re Dupre, “Sound is Sexy” promete tanto sucesso quanto seu último Ep "Subliminimal" onde todas as músicas continuam nas mais vendidas da Lo Kik Records. Som sério sem perder a musicalidade, uma mistura que vem dando certo.

Completam o lançamento novos nomes do cenário nacional como Glocal, Dod´s & Jr., Freakslum, Allan Villar e outros. As tracks foram compiladas por Rafael Noronha, manager artístico do grupo RC2 Music, detentora da Lo kik Records.

Tracklist:

1. Act. Sense - Arritmia (original mix) Minimal
2. Daniel Marques - On a Draw (original mix) Minimal
3. Gabe - Vegas (original mix) Tech-House
4. Marcello V.O.R - Ragga Dagga (original mix) Tech-House
5. Re Dupre - Sound is Sexy (original mix) Techno
6. Dod's & Jr. - Creative Process (original mix) Tech-House
7. Glocal - Urban Sub Machine (original mix) Techno
8. Freakslum - Avalanche (original mix) Minimal
9. D-Majer - Epidemic Destination (original mix) Minimal
10. Allan Villar - Disillusion (original mix) Minimal


Gravadora:

Lo Kik Records
10 Tracks
Formato: Digital & Mobile

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Cresce a competitividade no mercado psytrance

Quem diria que a música eletrônica iria se popularizar de modo a envolver milhões de cifras em um mercado que continua promissor?
A verdade é que a e-music, hoje, movimenta um número incalculável – seja pela dificuldade em agregar os elementos, pela imaterialidade ou pela novidade - de dinheiro nos seus amplos setores, que vão desde a organização de festas e festivais, som, iluminação, decoração, alimentação, limpeza, banheiros, até estúdios equipados, cursos de djs, selos e gravadoras especializadas, roupas e acessórios, além de um número cada vez mais expressivo de adeptos. “A cena psytrance brasileira é enorme e atrai adoradores de todo o mundo. Cada vez mais artistas do Brasil entram para o casting de gravadoras internacionais”, afirma o produtor de eventos Fernando de Oliveira. O surgimento de academias, cursos, e até mesmo pós-graduações em música eletrônica, delatam o quanto esse mercado cresceu e o quanto ele ainda promete.

UNIÃO DE NÚCLEOS
Apesar da ampliação do mercado de música eletrônica como um todo e do psytrance ainda estar em alta, o gênero já sente que as coisas não andam tão bem como na época do seu auge. Mas, como esse boom foi recente, mesmo sem todo aquele furor o mercado de psytrance continua aquecido. No entanto, alguns efeitos já são sentidos pelo público. A quantidade de festas open air diminuíram este ano. Pelo menos as pequenas. As pvts estão mais escassas, e só estão sobrevivendo grandes organizações. O lema é se profissionalizar para ter chance no mercado. “Algumas organizações de psytrance estão se fundindo para conseguir manter seus eventos fortes”, afirma Nanji, vocalista e guitarrista da banda eletrônica Noise Reaction. “Grandes organizações que antes disputavam o mercado passam a trabalhar juntas em seus eventos principais”.
O melhor exemplo é a união da No Limits com a It’s Magic para organizar a Tribe, uma das maiores festas open air no território brasileiro. Com isso os maiores eventos do país (Tribe, XXXperience, Orbital, Groove Attack e o Chemical Music) passaram a ser organizadas pela mesma produtora.“Por um lado, essa união tem o poder de aumentar a qualidade das festas. Por outro, os núcleos menores posicionam-se em desvantagem, pois não conseguem chamar os artistas mais caros do mercado, nem armar as maiores estruturas”, afirma Raone Noise, dj, guitarrista, baixista e componente da banda. “Nos interiores dos estados ainda existem bastantes raves de psy, mas já diminuíram de uns tempos pra cá. Ainda assim eu acho que é algo que não vai morrer por enquanto”, profetiza.
Para o dj e empresário Rica Amaral, dono da XXXperience, organizada pela No Limits, não existe um monopólio, apenas a profissionalização dos núcleos. “Isso se torna necessário quando o tamanho da cena e a parte burocrática aumentam”, afirma. E seu parceiro, dj Feio, conclui: “O território brasileiro é muito grande, exigindo uma logística bem elaborada para a realização das festas”. A união dos núcleos favorece também a logística...

EXPANSÃO DOS NEGÓCIOS
Em busca de sobrevivência no mercado e de lucro, os núcleos hoje procuram dominar o máximo de áreas possível. Quem antes organizava festas hoje também vende ingressos online, disponibiliza músicas para download, faz compilações, organiza viagens. Isso é uma tendência geral.
“Por trás das grandes organizações existe competência e muito trabalho para chegar aonde chegaram”, afirma Cassiano Mendes, sócio da Wired Music e do SoundShop. “Sempre haverá espaço para novas organizações que partam desse princípio, completa. Cassiano administra gravadoras, como a Wired Music e a Lokik Records, a loja virtual SoundShop, uma empresa de design, e algumas outras coisas dentro do segmento eletrônico. “Acho válido essa diversificação se o trabalho por trás for sério”, afirma.

GRAVADORAS E LANÇAMENTOS
Com a popularização da internet em banda larga, a pirataria e os downloads gratuitos se tornaram os grandes vilões das gravadoras, que tiveram que se concentrar em outras formas de divulgação da música - que não só a venda em CD - para poder continuar competindo no mercado. Por outro lado, os artistas independentes conseguem divulgar e fazer com que seu trabalho alcance outras regiões e que inúmeras pessoas reconheçam seu trabalho.
Para Carolina Duarte, da gravadora e produtora do Rio de Janeiro Max Pop, o lançamento de CDs ainda é economicamente viável, mas é necessário explorar outros recursos. “Além de agenciar nossos artistas, nós compramos músicas de selos internacionais e disponibilizamos para download em nosso site. Trazemos o artista internacional para o Brasil, e levamos os nossos para fora”, explica Carolina.Em 1999 Rica Amaral já se aventurava por esse mercado de CDs e lançava a primeira compilação XXXperience. E a exemplo do que nos contou Carolina, continuamos a assistir lançamentos de compilações exclusivas de psytrance. A Wired Music, por exemplo, já lançou duas este ano. Sendo uma coletânea de âmbito internacional.
Não é necessário enumerar os muitos lançamentos desse ano. Basta dar uma voltinha pelo SoundShop, o maior site de vendas de CDs e ingressos online relacionados à música eletrônica aqui no Brasil, e ver a quantidade de novidades que chegam diariamente.No entanto, é necessário continuar investindo em todas as apostas. Para Cassiano Mendes, o caminho é investir pesado na divulgação: “As vendas de CDs caíram drasticamente de 2003, 2004 para cá, e, falando como sócio de uma gravadora, os valores não movimentam as mesmas quantias de anos atrás. Acho que aliando todas as formas de se ganhar junto com artista, seja com CDs, apresentações em festas, música digital e outros caminhos, ainda é um mercado que podemos continuar a trabalhar e investir”.

PANELAS
Não é novidade para ninguém que existem panelas dentro dos núcleos de festas e gravadoras. Será que a união dos núcleos aumenta o protecionismo, ou expande os conhecimentos? De que forma isso ajuda ou atrapalha na movimentação da cena?Para o DJ e empresário Márcio TPS, do Rio Grande do Sul, essa política é desleal com o mercado: “Quem perde é a evolução da cultura eletrônica, o público privado de ter acesso a diversos profissionais espalhados pelo Brasil. Existem boas escolas e bons profissionais, mas acredito que a ética deixa a desejar. Surgiram muitos núcleos sem conceito, com referências visando apenas o lado financeiro sem se preocupar com a qualidade sonora”.

Gabi.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

RESPECT

Ta aí uma festa que só cresce a cada nova edição.
Esse final de semana Itu recebeu a galera para curtir uma festinha alternativa, em um belo espaço, agora não me recordo o nome da fazenda, mas só tenho a dizer que era roots, beem roots!!
A entrada, um caminho tortuoso de terra no meio do matagal, tinha tudo a ver com a proposta da festa de respeito a natureza. Na semana do meio ambiente, nada mais justo do que lixos para a reciclagem espalhados pelo local, além de uma decoração toda colorida com alguns detalhes de peças da natureza, como centopéias, flores, árvores, etc.
O som estava bem agradável, com um line predominantemente brasileiro e forte. Chill Out maravilhoso, bem espaçoso e com ótimas sombras.
O ruim: filas demais, para entrar, para comprar ficha, para ir no bar e principalmente, para os poucos banheiros femininos da festa. Os homens acredito que (grande parte deles pelo menos) nem esquentaram a cabeça com isso, pois arbustos era o que não faltava pela fazenda.
Talvez a organização não esperasse que aproximadamente 3 mil pessoas fossem na festa.

E é isso, que foi garanto que curtiu.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Fumo em locais fechados volta a ser permitido no Rio

Há pouco tempo publiquei uma nota dizendo que o Rio de janeiro havia proibido o fumo de cigarros em locais fechados.
A lei causou um grande desconforto na sociedade, pois se trata de uma cidade turística, e foi revista.
Confira a matéria na íntegra:

http://psyte.uol.com.br/aspx/redacao/noticias/noticia.aspx?seq=3231

Do Underground ao maintream - uma trajetória sem fronteiras

Confira essa matéria no Psyte, escrita por mim.. trata-se de um remember das primeiras raves... da cena roots, até chegar no mainstream...

http://psyte.uol.com.br/aspx/redacao/textos/texto.aspx?seq=405

Beijocas!!!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Entrevista Wagner Lacerda


Wagner Lacerda tem 28 anos, frequenta raves de trance há 11 e deu essa entrevista maravilhosa para uma matéria do Pyte, que merece ser publicada aqui, na íntegra.

Confira:


1-) Frequenta festas há quanto tempo? Como eram as primeiras festinhas de trance comparadas com as de hoje? Quais foram as principais mudanças, positivas e negativas (se houverem, é claro)?

R:Frequento festas a 11 anos, minha primeira experiencia com festas raves foi em 1996, ja em 1997 fui em minha 1ª festa trance , uma festa chamada Groove Babylon. Naquela época, tudo era experimental, e sem intenção comercial, eram feitas por grupo de amigos, e divulgadas mais na base do boca-a-boca, ou quando se faziam flyers eram bem poucos, o pessoal que as frequentavam na época, vinha da velha guarda do techno, ou seja , ja frequentavam clubs como Nation, Sound Factory, Hell`s Club, Latino, Rose Bom Bom etc, já tinham uma certa intimidade com musica eletronica, e muitos deles tinham morado fora, e viram o quão eufóricas eram as festas em outros países ( principalmente na Inglaterra ), então passaram a trazer discos, e idéias para organizar festas por aqui, um pouco diferente do que ocorre hoje, as pessoas não se preocupam em buscar informação sobre o que realmente ocorre neste meio, que é vastíssimo em cultura, é um clima menos intimista com a musica eletronica ( sua história e cultura ) , as pessoas estão mais condicionadas a apenas participar de "mais uma festa". Porém , por outro lado, as festas se popularizaram, se profissionalizaram, e movimentam milhões de reais todos os anos, esse é o lado bom, pq temos uma gama de opções , 10, 15 festas por fim de semana , diferente das minguadas 1 ou 2 festas por mês que ocorriam no passado.


2-) Você lembra quem começou a organizar as primeiras festas de trance? Esse pessoal ainda faz festas? O que você acha disso? Melhoraram e pioraram em que aspectos?

R: A 1ª festa trance foi organizada pelo Dj grego Pan Panderson que organizou uma festa em Trancoso ( BA ) no reveillon de 1994, paralelamente aqui em São paulo, o Dj André Meyer organizou junto a alguns amigos as primeiras festas por aqui, trazendo já uma vasta bagagem de suas viagens ao exterior, esta festa se chamava Naga Haga e foi em um sítio na cidade paulista de Atibaia ( 45 min de São Paulo ), reuniu algumas centenas de pessoas, com entrada a 5 reais. Temos tbm outros precursores da cena brasileira, como o Dj Dmitri, depois de anos morando na Europa, Dmitri passou a produzir festas por aqui em meados de 95 e em 96 encabeçou seu projeto de raves chamado Avonts, que organizava festas ao redor de São Paulo e tbm em um lugar clássico no litoral , chamado Praia do Éden no Guarujá. Não podemos nos esquecer de festas como Mothership Connection, projetada pelo Dj Tin Tin( que produziu a 1ª festa com lona de circo do Brasil ), as festas Groove Babylon que tinham Djs como o francês Ujjain, D.John, Ale A. e Ricardo N.S., o núcleo de festas W.T.F. ( World Trance Family ) que trouxe os primeiros grandes artístas internacionais para tocar no Brasil e a própria Xxxperience, que iniciou suas atividades no mesmo período. Muitos destes não produzem mais festas e outros nem tocam mais, já alguns mudaram seus estilos de som e preferem tocar mais em clubs, mas sem dúvida nenhuma devemos tudo (ou boa parte ) do que temos hoje , a esse pessoal que acreditaram em um novo tipo de diversão por aqui e que hoje arrasta milhões todos finais de semana em uma verdadeira peregrinação.

3-) O que mais te decepcionou/decepciona na cena? E o que mais te surpreende positivamente?

R: Na verdade oque mais me chama a atenção de inusitado na cena hoje é a capacidade de mutação das pessoas, em gostar de uma coisa num momento e em outro gostar de algo totalmente diferente, na época, quem gostava de musica eletronica se engajava em conhecer oque se gostava, a forma de se saber a respeito eram os "Zinnes", ( forma de divulgação de uma idéia impressa em papéis xerocados ) como por exemplo o Zinne D.M.T ( Underground techno fanzine ) que divulgava sobre e-music, e o The Jornal, que flertava pelos mesmos caminhos, tinha tbm o Subscience ( que era distribuido nas lojas Zapping ). Vê ? era uma forma arcaica e primitiva, mas que tinha uma eficacia enorme em transmitir conhecimentos, porém hj em dia se tem uma leva enorme de informação, como a internet, no entanto as pessoas não se preocupam em busca-la, e ela está alí, esperando para ser digerida, com a maior facilidade, ao invés de se tratar de assuntos como: "O futuro da musica eltronica no Brasil", selos, gravadoras, produtores etc, vemos em muitos foruns de discussão ( como o Orkut por exemplo ) as pessoas se preocupando em dizer se beija ou não a pessoa acima ! lamentável, porém ainda temos os que tem a musica eletronica como cultura, e acreditam que com ela ainda podemos mudar o mundo, creio que que isso faz bem ao underground, pois em quanto se tem a "massa", ainda temos quem acredita no potencial subversivo e transformatório que a trance music tem a nos proporcionar.


4-) Na sua opinião a tecnologia ajuda ou atrapalha os djs?

R: Estamos na era dos samplings, mesas digitais, qualquer um faz musica eletronica hoje em dia usando um programa baixado da internet. O rock viveu 30 anos produzindo o mesmo ritmo, 30 anos se sujeitando a Chuck Berry, naum gosto que as pessoas falem do movimento trance como se voltoasse aos anos 60, já que os hippies rejeitavam a tecnologia, porém utilizavam instrumentos eletricos, Absurdo ! As pessoas hoje tem com muito mais clareza a importancia da tecnologia na musica hoje do que a anos atras,impossivel se fazer musica sem tecnologia, uma coisa é analoga a outra. A história da trance music se projetou paralela ao avanço tecnologico, nos anos 80 em Goa na India se tocava com vinyl, mas devido a poera que tinha no local, os djs foram obrigados a tocar com fitas D.A.T. ( Digital Audio Tape ), que era um avanço tecnologico mas que eram obrigados a utiliza-lo. Hoje se fala em "Final Scratch", daqui a alguns anos só Deus sabe, porém a tecnologia esta aí para o beneficio da humanidade. E vamos saber usa-la, fazendo boa musica galera !

5-) O que nós trazemos até hoje da cena underground das primeiras festas?

R: O espírito, tribal, ancestral de confraternização e a aceitação mútua, é como antes de se entrar em um templo, o qual tem que se tirar os sapatos, quando se entra em um dancefloor, deixa-se a arrogancia, a soberba a superioridade de fora. Essa é a essencia e dela nada se altera.

6-) Na sua opinião onde pecam as cenas mainstreams, comerciais? O que aprendemos e onde continuamos a errar?

R: Acho que peca na massificação demasiada da coisa, exposição de mais gera o caos e mais uma enxurrada de problemas e preconceitos, como vemos na TV, alegando que rave é lugar de drogados e mais um monte de coisas. Também acho que as festas grandes deveriam ter um cunho mais beneficiente e de ajuda social, como é o caso da Earthdance, ela nos ensina como tirar proveito de uma festa que hoje pertence ao mainstream e que é realizada em diversos países do mundo, mas que serve de ajuda a milhões de pessoas. Pecamos ainda em não tirar proveito disso, já que no Brasil há milhões de pessoas passando frio e fome.

7-) Você considera o aumento de público nas festas de psy positivo ou prejudicial para a cena? em que aspectos? Você gosta dessa popularização?

R:Tudo que é de mais acaba perdendo um pouco da razão existencial e perdendo um pouco o brilho, mas é o rumo natural das coisas, não podemos ser detentores da razão e de que sempre o underground tem que prevalecer, já que o objetivo é agregar pessoas, que o façam, mas com responsabiliade e que as pessoas se engagem mais na informação que é primordial para a subsistencia da cena. E deixemos os modismos de lado, os jargões esdrúxulose outras bobeiras.


8-) Você acha que hoje há monopólios ou domínios de mercado no trance? Isso é ruim ou bom para a cena, na sua opinião? Dê exemplos que venham à sua mente.

R: Não acho que há monopólio, até pq tem mercado para todos, temos um exemplo do que aconteceu em meados dos anos 90 no Brasil, em que o mercado fonográfico estava a espreita de algo novo, e que trouxe uma cara novo a musica brasileira, foi então que resolveram investir na musica eletronica e de lá para cá, quantos selos e gravadoras surgiram, quantos projetos de musica eletronica sairam do pape´l? É assim que um episódio, muitas vezes visto como monopolizado, dá espaço a outros que como ele, começou pequeno, mas foi se espandindo tomando igual espaço ou até maior que o seu concorrente. Hoje temos grandes festas e grandes selosinternacionais com um Cast fenomenal e com varios artistas brasileiros, vemos festas como o Voov na Alemanha, o Fullmoon, o Shambala no Canadá , o Solstice no Japão entre outros, sempre com artistas do Brasil, representando muito bem nosso país , há espaço para todos porém só os bons sobrevivem.


9-) Deixo essa questão em aberto apra suas considerações finais, ou o que mais julgar importante comentar.

R: Quando pintamos os cabelos, furamos os mamilos, fazemos uma tatuagem, escutamos musica rpetitiva e estridente, buscamos a deferenciação, a identidade, a individualidade ( que nada tem haver com individualismo )buscamos ser diferentes, mais bonitos dentro do nosso codigo particular de beleza. Só que o mais importante disso tudo é sermos nós mesmos, dando valor a vida em toda sua forma, aprendermos a endeusar a natureza na sua forma mais pura, dar valor ao que ela nos proporciona, entrar em contato com ela atravez da musica e do transe que ela nos proporciona,respeitarmos como irmãos, abraçarmos e dar valor as amizades. Deixemos morrer tudo, menos estes valores que retratam fielmente o objetivo das Raves e das festas trance em geral ! Peace for all !

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Nova Rádio - Vertentes

Agora a galera do distrito de Barão Geraldo em Campinas, e também as pessoas que passarem pela rodovia Dom Pedro I na altura da Unicamp, terão uma nova opção de programa de rádio para ouvir música eletrônica e rock.

Entrou no ar essa semana o programa VERTENTES, pela frequência 105,7, canal da Rádio Muda da Unicamp, a partir das 2 da manhã de sexta para sábado. Na primeira hora do programa o ouvinte tem uma programação que rola vertentes do rock, como punk rock, trash, hardcore e outros sons pesados.
A partir da segunda hora, ja entra a programação eletrônica.
O público pode participar através de ligações para pedir músicas ou expor sua opinião, no ar.
A apresentação e os comentários sobre as duas cenas fica por parte de Aron e Renato para a e-music e o Jhoni com o rock.

Pela internet também é possível conferir a programação, no site: muda.radiolivre.org

domingo, 1 de junho de 2008

São Paulo segue exemplo do Rio e aperta o cerco contra o cigarro

O Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou um decreto que restringe ainda mais a área dos fumantes em estabelecimentos fechados e públicos da cidade. Ele consolida diversas leis de proibição contra o tabagismo, criadas no município desde 1980

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O decreto de número 49.524 foi publicado agora, no último dia 29, no Diário Oficial, e estabelece uma multa no valor de R$ 872 pelo descumprimento de qualquer norma.



Além dos lugares onde o uso do cigarro ja estava praticamente vencido (como elevadores, hospitais, recepções de postinhos de saúde, ônibus, salas de convenções, museus, teatros, cinemas, etc), e decreto também proíbe o fumo em circos, escolas, estabelecimentos comerciais, garagens de prédios públicos, postos de gasolina, locais utilizados para o esporte (como ginásios), padarias, enfim, qualquer lugar público.



Há ainda uma brecha no decreto que beneficia os frequentadores fumantes de bares e casas noturnas, cujos donos podem reservar uma parte de seu estabelecimento para área de fumantes, desde que seja aberta ou que tenha ventilação apropriada.



Locais que servem alimentação, como lanchonetes e restaurantes, são obrigados a reservar, no mínimo 50% da área para não fumantes.