Mas, prometo que logo logo eu faço um guia de festivais de outros gêneros também...
VERÃO EUROPEU
Enquanto por aqui nós aposentamos nossas roupas mais frescas... no continente europeu o sol está bombando. E com ele muitos festivais de trance, todos coloridos, em lugares lindos e com lineups extremamente variados. Grande parte deles bem undergrounds, para poucas pessoas, outros monstruosos, para um público de milhares.
Para Sam, dono do Chaishop - grande site/comunidade da cultura trance, com sede na Alemanha - a Europa é rica em festivais alternativos: “Aqui existem muitos festivais de trance que são bem undergrounds. Os melhores, na minha opinião são VuuV, Antaris, Al Andalus e o Boom, que eu recomendo”. Quase todos propõem manter a essência do trance, de elevação espiritual, paz, amor, liberdade e união entre as tribos.
E quem pensa que não dá mais tempo de se aventurar por lá se engana muito! É bem verdade que vários deles já rolaram, mas muitos ainda estão por vir, e até o final de setembro muita água vai rolar. São opções para todos os gostos, de públicos seletos a mais populares.
Ao contrário daqui, lá é possível comprar ingressos para dias separados. E esse é um atrativo que permite ao viajante fazer uma verdadeira expedição pela Europa, conhecendo os festivais e de quebra novas culturas de diferentes países.
Além dos festivais de vários dias, o verão europeu é animado com festas grandiosas de um dia só, muitas delas recebendo o título de festival por agregar os elementos de um, como é o caso do Paradise Park Festival, em Amsterdam, na Holanda; que além do psytrance, terá uma tenda de techno, em um lugar paradisíaco, a beira de um grande lago, com duas praias e uma ilha, no dia 30 de agosto. É mole ou quer mais?
O psytrance está ainda tão em alta que até mesmo festivais que tradicionalmente dão destaque a outros estilos musicais, eletrônicas ou não, já admitem alguns – nem que seja um pedaço – lives e sets psytrancers. Esse ano o Fusion, um dos maiores festivais de música que acontece em uma base militar russa desativada no norte da Alemanha, que chega a reunir 40 mil pessoas, trás também alguns artistas undergrounds que, entre outras vertentes, tocam um pouco de psytrance/full on, com destaque para Cosm Rec, de Hamburgo e Digicult, da Bélgica.
O leste europeu merece uma atenção especial, pois tem crescido o número de festivais nessa região nos últimos quatro anos. A maioria deles acontece sem grandes estruturas, sem patrocinadores, organizados por grupos pequenos em nome do amor à música, geralmente para um público de no máximo 3 mil pessoas. A Europa central também tradicionalmente tem um grande número de festivais, sendo a Alemanha o país recorde de eventos de Psytrance.
Três importantes festivais do gênero foram cancelados (Armageddon na Rússia, Dark Moon, na Eslováquia e Psycrowdelicia, na Alemanha), mas nem por isso a cena está morrendo.
Três importantes festivais do gênero foram cancelados (Armageddon na Rússia, Dark Moon, na Eslováquia e Psycrowdelicia, na Alemanha), mas nem por isso a cena está morrendo.
Alguns brasileiros consolidaram sua agenda internacional nesse verão do hemisfério norte, como o DJ Swarup, que toca em três festivais: Glade, Ozora e Boom e o DJ Feio, que também toca em três: Full Moon, Hadra Trance e VuuV.
São tantos festivais que seria impossível enumerar todos aqui, mas eu fiz um tour pelo verão europeu e mostra agora um pouco do que já aconteceu por lá, muito do está rolando e do que ainda está por vir esse ano. Confira.
TSHITRAKA
Esse ano o Tshitraka aconteceu de 3 a 9 de julho, sendo um dos primeiros dos grandes festivais a abrir seus portões, desde o início do verão europeu.Durante os 7 dias do evento, que ocorre no norte da Alemanha, o público pôde usufruir de momentos inesquecíveis, embalados por muita psicodelia, full on, e trance progressivo.Os lives ficaram por conta de Astrix, Basic, Biotouch, D Nox e Beckers, GMS, Liquid Soul, Magoon, Perplex, e muitos, muitos outros nomes de peso do Psytrance.
ANTARIS PROJECT
Antaris Project 2008 – um dos maiores e mais antigos festivais de música eletrônica do mundo – aconteceu do dia 11 a 14 de julho, no aeroporto de Otto Lilienthal, próximo a Berlin, na Alemanha.Foi a 14ª edição do festival, que esse ano resolveu renovar a decoração com algumas novidades e incorporar novos lives e DJs sets que estão bombando na cena trance do mundo inteiro, mantendo o ambiente espiritual e mágico de todos os anos: muita psicodelia, ambiente tribal e local que impressionaram. Para manter a palavra e conservar ainda mais as raízes espirituais, o festival trouxe pela primeira vez o "Yoga-Town", um tipo de “cidade do yoga”. O objetivo, de acordo com a assessoria do festival, foi criar uma simbiose entre o mundo do trance psicodélico e suas raízes espirituais. Para atingir um patamar elevado e transcender a outros níveis de consciência. Todos os que estiveram no festival puderam participar de workshops, sessões de tambor para meditação, e as próprias aulas de Yoga. Essa edição também com a exibição de documentários que abordam temas ligados à cultura trance.No lineup: Parasense, Domino, Orange, Ace Ventura, Headroom, Hilight Tribe, Apache, Master Margherita, Ganga Giri, Konstantin, Hyper Frequencies, The Peaking Goddess Collective, Sangeet, Yab Yum, Flooting Grooves, Genepool, Commercial Hippies, Ajja, psymmetrix, Nigel, Anneli, Trevor, Naveen, Magical, Amrit, Klangstrahler, Gautama, Heribert, leung, buzzt, Melburn, Zimon, ALICE D JOANNA, Mat Mushroom, Sabai Sabai, Shore Bar Axel, Tschan.
FULLMOON
Grande festival que ocorreu dos dias 16 a 21 de Julho, na Base Aérea Wittstock, nas proximidades de Alt-Daber, na Alemanha.Este ano teve um quarto palco, exclusivo de dark trance, organizado pela galera do festival cancelado Psycrowdelicia. Por causa disso o palco principal teve apenas apresentações de full on e psytrance.Um dos festivais mais famosos do mundo, o Full Moon trouxe outra novidade esse ano: o Progressivo Stage passou a se chamar Electro/Progressivo Stage, devido a grande procura pelo Electro lá no país.No lineup, artistas consagrados de todas as partes do mundo marcaram presença: Sun Project, Bizarre Contact, Vibe Tribe, Cosmosis, Protoculture, Space Buddha, Atomic Pulse, John Phantasm, Juno Reactor, Shanti, Electro Sun, Kindzadza, Brisker & Magitman, inclusive três brasileiros: Stereographic, Sassah e Feio.“Eu amo tocar no Full Moon, é um festival muito alegre. Costumo fazer uma performance bem divertida, contagiado pelo clima. Meu repertório foi montado com músicas mais recentes, de meu último álbum e ficou bem dinâmico. Devo retornar ao Brasil em outubro e mostrarei aos brasileiros um pouco do que eu toquei no Full Moon” – Dj Cosmosis. http://www.fullmoon-festival.com/
SOMUNA FESTIVAL
Entre os dias 18 e 21 de julho, em Marbach na Alemanha, aconteceu um grande festival, do grupo Somuna Crew, ao pé de uma montanha e ao lado de uma típica floresta de pinheiros. O critério para seleção dos DJs foi a autenticidade, a criatividade e a autonomia musical, além, é claro, do gosto pessoal dos organizadores.O festival mostra uma preocupação muito grande com a qualidade musical, e mais do que isso, com a perfeição sonora para quem está em transe ouvindo o som da pista.O Somuna Crew só revelou seu lineup no momento em que as portas do festival se abriram para o público. A razão de tanto mistério? O compromisso em não ter que cancelar ou mudar lineups de última hora, e a tentativa de se preservar a qualidade da música, sem a preocupação de mostrar DJs famosos e internacionais no line, para chamar público. Eles acreditam que dessa forma a essência sempre será mantida.Os organizadores apenas revelaram um "guia música", no qual a diversidade de estilos musicais é aparente: som tribal, aventuras hipinotizantes, dreamy minimal, fusão acústica, psicodelia intensiva e emocionante, o primeiro beijo ao raiar o dia, são alguns dos nomes dos guias, sempre apelando para o lado emocional de quem vai ao festival.
GLADE FESTIVAL
Monstruoso festival que ocorreu entre os dias 18 e 20 de Julho, em Berkshire, zona rural inglesa, bem próximo à Londres.Na página inicial do festival eles deixam claro: O Glade tem uma forte aversão a tudo o que é mainstream e “um grande amor” ao underground e à cultura alternativa. O festival trás palcos circences, local para desenho artístico, decoração personalizada e não tem patrocinadores, prometendo ser fiel ao espírito roots do trance. A proposta é a mistura de estilos, “ecleticando” o movimento eletrônico. O som vai da dance music ao break beat.Anselm Guise, da organização do festival, explica: “O Glade Festival é o único festival de dança e música do Reino Unido onde você pode experimentar todas as melhores batidas da vida, longe da sociedade que não está engajada no movimento. Estamos preocupados com a arte, o amor e as cores. Para conseguir tudo isso, resolvemos tornar o festival menor esse ano. Ele estava tomando proporções muito grandes. E o melhor de tudo é que continuou com a mesma variedade de uma grande festa, mas em um tamanho menor”.No Glade Stage se apresentaram nomes de peso como Atomic Hooligan, Billy Nasty, Dreadzone, Vitalic, Ulrich Schnaus e James Monro.O psytrance teve presença no palco Origin, promovido pela Nano Records, que tem uma forte ligação com o início da cena psicodélica open air no Reino Unido. Nomes como Logic Bomb, Perfect Stranger, Protoculture, Zen Machines, Antix, Ace Ventura e Dmitri Nakov tocaram por lá, além dos brasleiros The First Stone (Gustavo Manfroni – Burn in Noise, Juarez Petrillo – Dj Swarup e Ricardo Silva – dj Zumbi, o percursionista). “Estou muito feliz de tocar nesse festival, ele é super querido!”, afirma Swarup.Vana, mais conhecido por seu nome artístico Rinkadink, tocou no Glade em parceria com Shane Gobi, num projeto chamado Whiplash, e conta ao público do Psyte sobre sua apresentação: “Foi o último set do Liquid Stage, no domingo de manhã, o lugar estava com uma energia inexplicável! Esperava encontrar um público com muita vibe, mesmo. Nós tocamos algumas faixas do Rinka e do Whiplash como nunca se ouviu antes... Muitos dos meus amigos de todas as partes do mundo estavam no festival, então eu, além do trabalho, tive uma festa muito gostosa, me diverti muito”.
MYSTICA
18 a 20 de julho, na Slovakia.Organizado pela Spectral Sound Crew, é um evento do leste europeu, com muitos artistas russos, portugueses, poloneses e slovaquianos. Brano, da organização, considera que o festival é predominantemente de trance psicodélico. É o terceiro ano do evento. Já vieram artistas como Cosmosis, Silicon Sound e Drumatix, Eletric Universe e Electrypnose. Este ano se apresentaram nomes como Penta, Menog e Talpa. mystika.psyverse.sk
UNA RIVERSPLASH
De 23 a 27 de julho, a Bosnia Herzegovina tremeu o chão com um festival alternativo, mas grandioso, que aconteceu em uma magnífica ilha. Além do palco de psytrance, que teve apresentações de artistas predominantemente bosnio-herzegovinos, mais dois palcos: o Roots Stage e o Main Stage, com bandas do circuito alternativo da região.
No MAN’S LAND
A quarta edição do festival aconteceu entre os dias 23 a 27 de julho. De acordo com a organização, os preços oferecidos foram mais acessíveis do que outros festivais europeus de grande porte.Esse ano o evento ocorreu em lugar novo: em Somogy County Children's Camp, em Fonyódliget na Hungria, à beira do Lago Balaton.Foram nove estilos musicais em 3 palcos, sendo que o mainstage permaneceu bem parecido com os anos anteriores: Trance Psicodélico, Full On e Progressivo. Grande parte dos artistas já tocaram em outras edições. O Partysan Stage é uma homenagem à revista alemã de mesmo nome. Nesse local puderam ser apreciadas principalmente performances alemãs e britânicas, que foram do Techno ao House, passando pelo Electro e pelo Prog-House.O Espaço alternativo é bem diversificado e teve um tema para cada dia, com muitas bandas húngaras undergrounds, dub, future disco, reggae, hip hop. Um sonho realizado pela organização esse ano é o espaço “Music Pub”, uma espécie de pub com bandas de Zazz e outros estilos, com drinks, petiscos, vinhos e outras guloseimas. “A pessoa pôde beber os melhores drinks (alcoólicos e não-alcoólicos) exclusivos preparados especialmente para esse espaço do festival, enquanto ouvia a verdadeira música étnica de várias partes do mundo. Para quem queria apenas sentar-se e tomar uma cerveja, havia música agradável ao seu redor”, afirma László Greksa, assessor de imprensa do festival.A decoração, de Attila Nikléczy e Erik Kocsis, que já trabalharam em outros importantes festivais, como o Full Moon, Antaris e Sonar, fez relembrar a cena underground húngara.Muitos artistas já tocaram nesse festival em outros anos, como é o caso do Para Halu, James Monro, Symphonix (que tocaram como Auricular no ano passado) e muitos artistas húngaros.“Basicamente esse é um festival underground, que agrada a diferentes gostos, pois temos de full on a progressivo, de electro a techno e muita música alternativa e experimental. Na pista alternativa, é possível ouvir os melhores concertos undergrounds, como o rock psicodélico. Todas as noites tiveram homenagens a um certo estilo: hip hop, dub-reggae, break, future-disco-minimal-tech”, afirma László.
HADRA TRANCE
A semana do dia 25 esteve lotada de muitos festivais. Em sua terceira edição, o Hadra aconteceu entre os dias 25 e 27 de julho, nos Alpes Franceses, em Pontcharra, a 30 min de Genoble.A decoração foi feita por profissionais da Suíça, França, Áustria e EUA.O local: inédito. A organização garante que a vasta gama de opções musicais é proposital, para agradar aos gostos mais exigentes. No lineup, percebe-se nomes consagrados, assim como artistas undergrounds, mantendo a proposta do festival de revelar e colocar em evidência artistas emergentes do trance e chillout. O casting de lives apresentou nomes como Space Tribe, Parasense, Barak, Gaudium, Psymmetrix, Kularis, e, entre os sets, Atomic Pulse, Ryo, Kuro Fusion e o brasileiro DJ Feio.“É um festival com artistas (os da Hadra Records e outros), bem psy-hardcore, como Painkiller, Parasense, Barak, Shotu etc. Acho que os mais leves sou eu, o Ryo (Solstice/Japao) e o Atomic Pulse.Eu fiquei no som mais psicodélico, compre faço quando toco fora. Não é agressivo, mas viajante, progressivo e envolvente, com alguns sons brasileiros no meio como o do Metal Broadcast, Wrecked Machines (as antigas), Waio, entre outros menos comerciais e com um pouquinho do meu feeling”, conta Feio.
KHAN ALTAY
A Rússia tem esse festival que é super bem conceituado por lá, e vai dos dias 25 de julho a 2 de agosto. Era Space of Joy e foi renomeado para Khan Altay este ano. Um evento com a pretensão de ultrapassar barreiras de tempo, através da arte e da criação, turbinando esses conceitos pelo momento de ocorrência de um eclipse solar.A maioria das pessoas vem de diferentes partes da Rússia, rola um dark pesado à noite, muito trance finlandês pela manhã e tem um bom chill out para descansar.
LIQUID BEACH FESTIVAL
26 de jul
ho a 2 de agosto, na Ucrânia.Eduard Reifman, que gerencia todo o festival: “É um festival alternativo, com duas pistas de dança, área para as mães deixarem suas crianças, restaurante, lojinhas, e o público é em torno de 3 mil a 5 mil pessoas, de toda parte do globo terrestre, que curtem o mar, o sol, música e esporte”. Este ano a atenção especial está para a apresentação do Goa Gil – ocupando de 15 a 20 horas seqüenciais do lineup! A noite do dia 2 é inteira dele - e do X.P.VooDoo (GOA, Edell IL, Roam IL).No dia 1/8 uma surpresa para o público: durante um eclipse solar, todas as luzes se apagam para destacar projeções de imagens do eclipse em grandes monitores. Após esse evento, a apresentação do Goa Gil. De arrepiar!Eduard Reifman também se apresenta no festival, como Dj Edell, tocando seu Full On forte e pesado.Outra novidade é a noite de encerramento na Estação Nuclear (Reactor Station), com duas pistas.
SKY GRAVITY FESTIVAL
Entre os dias 30 de julho e 3 de agosto, ocorre mais um dos muitos festivais do leste europeu, mais especificamente na Ucrânia.Em quatro anos de existência, o Sky Gravity continua pitoresco
, com um clima bem subcontinental, ao lado do Mar Negro. No lineup, muitos artistas russos, ucranianos, (em torno de 80%) e o destaque vai para um dos artistas mais famosos de Portugal: o Penta.O som variado vai do Psytrance ao Break Trance, passando pelo Goa, Full On, Prog, Ambiente, Dub, música experimental e até um pouco de Reggae.Esse ano o festival tem novo lugar: de Evpatoria, na região de Crimea, passou a ser mais ao sul: na cidade de Sudak.Alienatix é fundador do PsyShine promoções, e organizador do festival, além de ser dj de chill out. Toca em vários festivais do leste europeu: “O SkyGravity reúne pessoas em sua maioria da Ucrânia e de países da região. Trabalhamos com uma variedade de vertentes do trance, começando com full on e terminando com Break Trance. Durante 3 anos o festival aconteceu na praia do Mar Negro, mas esse ano nós encontramos uma nova localização, entre o Mar Negro e as montanhas da Crimea, um lugar maravilhoso, nas colinas”.

SUMMER’S END FESTIVAL
31 de julho a 3 de agosto, na fronteira da Alemanha com a Suíça.O local é escolhido a dedo, ano a ano, e agrada a 100% do público: um lindo vale ao pé de várias montanhas, sem sinais de civilização por perto. Tradicionalmente é um festival que cultua todas – ou quase todas – as vertentes da música eletrônica, entre elas o trance.Da Suíça, é o favorito evento do gênero Open Air, não competindo com nenhum outro no país em termos de estrutura, localização e conceito.
VUUV
31 de julho a 4 de agosto, na cidade de Pulitz, na Alemanha.É um dos maiores festivais da Europa e o mais antigo no segmento trance: nasceu em 1991, com um tamanho já respeitável - sua primeira edição contou com mais de 1500 pessoas. Hoje, 180 artistas se revezam em três palcos, tocando vertentes como: psytrance, full on, dark psy, progressive, electro e chill out. Com mais de 15 anos de estrada, atendia pelo nome de VOOV Experience. O Main Stage é valorizado pela grande preocupação da organização em oferecer uma excelente qualidade de som. Muito psytrance. Alguns artistas de Israel, como Xerox e Illumination, PTX e Domestic, ingleses (Allaby, Shane Gobi e Dejavoo) e de outras partes do mundo, inclusive do Brasil, que está sendo representado pelo dj Feio e pelo mineiro dj Pin. É o primeiro ano que o festival anuncia seu lineup antes das aberturas dos portões.Shane Gobi: “Estou muito orgulhoso de ter sido convidado a tocar no Mainstage. O VuuV, assim como o Boom, são os dois festivais europeus mais importantes, e eu sou muito privilegiado por tocar nos dois esse ano!”Para explorar a capacidade artística dos djs, os sets são de 3 horas cada um.A expectativa esse ano é de receber 10 mil pessoas, entre os 16 e os 65 anos, de acordo com Amrisha, da organização do festival. “Temos um maravilhoso show de lasers, impressionante decoração e apresentações com fogo, com cerca de 30 intérpretes fazendo malabarismos e equilibrismos com a cabeça, além de um grande mercado internacional com cerca de 100 barracas”, afirma.
SUMMER NEVER ENDS FESTIVAL III - Out in Space
De 31 de julho a 4 de agosto, acontece na Suíça. Festival trás artistas consagrados na cena trance, que é o caso de DNA, Dual Core, Atma, Vibracoustic, Injection, Synphonix, entre outros.Um diferencial desse evento é a permissão da entrada com comidas e bebidas trazidas de casa, a distribuição gratuita de água e o café da manhã também incluso no preço do ingresso.
AL-ANDALUS
Monstruoso festival do grupo United Tribes, que esse ano ocorre nos dias 1, 2, 3 e 4 de agosto, na Espanha (Benalup – Cadiz).O evento teve que mudar de local de última hora devido a um incêndio que aconteceu no Parque dos Alcornocales, dificultando a liberação de alvará pela direção do parque e pela delegação do meio ambiente, que proibiram qualquer tipo de evento na zona recreativa de Celemin. Como as temperaturas naquela região estão muito altas, a probabilidade de um novo incêndio ocorrer, inclusive durante a festa, é um fato. O festival então mudou para o camping municipal “Lãs 3 Piedras”, um local coberto de pinos, que oferece sombra, e uma linda praia.Nomes consolidados da cultura trance se revezam nos palcos espanhóis: Talamasca, Cosmosis, Bamboo Forest, Tristan, Andromeda, Jaia, Maggon, Outersect, só para citar alguns.Para alegrar os ouvidos do público fiel que o festival cativa: concertos de música indiana com o grupo Apangea, um grupo de Senegal, o Dunia, apresentando músicas e danças africanas, o grupo de Jazz The Blend, diretamente da Jamaica, e muitos outros que oferecem opções alternativas em meio a tantos atrativos nos quatro dias de festival.
SHAMANIA FESTIVAL
De acordo com a organização, é o único festival do Reino Unido a ter licença para funcionar os quatro dias ininterruptos e o único do pais a ter 100% de psytrance na pista principal, apesar de trazer nomes fortes do Techno para a Pista Alternativa, como Dave the Drummer, Chris Liberator e Móbile Dogwash.O festival tem uma estreita ligação com as energias Xamânicas, como forma de maximizar capacidades humanas da mente e espírito, daí vem o nome do evento. A organização celebra também o Sabbat Lugnasadh, quando os dias começam a ficar mais curtos e as noites mais longas. No Brasil essa data sempre cai no começo do ano, entre o solstício de verão e o equinócio de outono. O Lugnasadh representa o início da colheita e tem origem celta “É a hora da dança da colheita do milho”, afirma a organização. A prosperidade está embutida nessa comemoração.Com tanta elevação espiritual, o som na pista principal soa como magia aos ouvidos dos tranceiros e quem enfeitiçará ainda mais o ambiente na pista Sunrise & Kulu são os experientes Eat Static, Cosmosis, Safi Connection, John Phantasm, Hydraglyph, Dickster, Error Corrective, M-Theory e muitos outros residentes do evento.Os workshops oferecidos no festival são para lá de alternativos: desde aulas de Yoga e Tarô até palestras e discussões sobre o biodiesel.Há pacotes especiais para famílias com crianças pequenas.
OZORA FESTIVAL
6 a 10 de Agosto, na cidade de Homônima, na Hungria.Um dos festivais mais bem conceituados da Europa, desde 1999, quando atendia pelo nome de Solipse, trás esse ano djs de diversas nacionalidades: italianos, alemães, suecos, ingleses, franceses, húngaros, gregos e um brasileiro: Swarup.Tem apoio de grandes gravadoras do psytrance internacional como Iboga Records, Digital Structures e Twisted Vision.
BOOM
Portugal, de 11 a 18 de agosto
O Boom dispensa apresentações. Nata do psytrance, é o maior festival do gênero e também um dos mais antigos, mesmo hoje sendo um festival de cultura variada, que também abre espaço para outros gêneros.Sua primeira edição, em 1997, reuniu mais de 3 mil pessoas, numa época em que o trance apenas dava as suas primeiras caminhadas. A partir daí o número de freqüentadores cresceu ano a ano, ou melhor, de dois em dois anos, intervalo de tempo de realização do evento.A presença de um festival do cinema dentro do festival de música eletrônica, abrindo espaço para produções independentes e alternativas, de documentários a vídeo-artes, garante uma diversão cultural a mais. Outra novidade esse ano é o desenvolvimento sustentável, com a utilização de energia solar, tratamento de água por plantas aquáticas e biocombustíveis.No dancefloor, espaço para vertentes do trance e artistas undergrounds.
DJ Anneli - “Boom é o maior festival de psytrance europeu. Durante meu set tentarei fazer como sempre faço: surpreender as pessoas na pista com surpresas e poderosas faixas cheias de energia. Gosto de fazer as pessoas sorrirem e quando eles sorriem, eu sorrio também! Sinto muita falta de tocar no Brasil, um lugar maravilhoso, que eu amo! Espero encontrar muitos brasileiros no festival...”.
PYRAMIDUNA
Dos dias 15 a 18 de agosto, a Hungria será palco de mais um festival psicodélico, voltado ao underground, apesar de trazer artistas de outros países também. A organização é feita por Pyramiduna Cooperation, da Alemanha, e terá à noite projeções de imagens e decorações – trazidas do México - que entram em sintonia com o brilho expelido pela semana de lua cheia, realçando a magia propícia dessa época.No line do mainfloor o som varia do psytrance ao electro, passando pelo progressive trance.
BACK TO REAL CULTURE OF TRANCE FESTIVAL
Outro evento de Portugal, que acontece entre os dias 22 e 24 de agosto.Festival com artistas predominantemente portugueses e alguns brasileiros no lineup: Luciano Sallun, Smurf, Dubudambientbrasil e Zartrox X DisfunctionZartrox - “Vou tocar um trance progressivo noturno, com uma leve pegada minimalista, variando de 130 a 140 bpm. Estou bastante ansioso para ver como vai ser a aceitação do meu som em Portugal, já que lá esse estilo não é muito comum. Mas acredito que por ser um som bem psicodélico e sério a galera vai curtir. Vou fazer um live diferente com o Diogo, um são-paulino que produziu comigo esse live inédito, de uma hora e meia de duração.Como estou indo morar em Londres, peguei os contatos pela internet de quem faz festas em Portugal, divulguei meu projeto através de emails, e nessa conheci a Mafalda e o Felipe, que estão organizando o festival. Eles gostaram do meu som e me convidaram para tocar. Envolvi o Diogo que produziu comigo e estamos juntos nessa!“.
ARCADIA FESTIVAL
29, 30 e 31 de Agosto, na França.
Festival típico europeu, com artistas predominantemente franceses e portugueses, chega em sua quinta edição com 2 palcos de vertentes diferentes da música eletrônica: trance, psy, electro, techno, minimal, house, downtempo, dub e ambient. O principal diferencial são os banheiros e chuveiros orgânicos, de acordo com a fama de engajamento no desenvolvimento sustentável que tem o festival, que também conta com shows de pirofagia, praça de alimentação, workshops, “psynema” e muita cultura alternativa.
Mais um festival no norte da Alemanha, que acontece esse ano entre os dias 4 e 9 de setembro, já no fim do verão europeu, trazendo muito trance, prog, psy e chill out. A decoração desse festival é realmente fantástica, fortemente baseada em elementos tribais, o que o diferencia de outros festivais do gênero que buscam a espiritualização através do trance.No line, nomes bem conhecidos da cena mainstream, tais como Zen Mechanics, Sub 6, Pixel, Hypersonic, Delirious, Domestic, Kularis, entre outros.
2 comentários:
Isso são só os festivaos de trance! Imaginem se fossemos fazer um guia com todos os festivais de música eletrônica.. Imaginem ainda se fossemos fazer esse mesmo guia com todos os gêneos musicais, incluindo aí o rock... ficariamos o ano inteiro contando os festivais!!!
Animal! Já fui no Boom, mas gostaria de conhecer uns mais alternativos, como o Indian e o SkyGravit.
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