1-) Quando começou a freqüentar festas, a tocar e quando virou empresário? Faça uma avaliação dos pontos positivos e negativos de sua carreira.
R: Comecei a freqüentar festas em meados de 1999 a ideologia das festas eram muito diferentes do que é hoje em dia.
Mas isso se deu devido ao Boom também da cena e como tudo vai evoluindo e melhorando hoje em dia é tudo muito diferente tanto no lado cultural quanto no próprio público mesmo antigamente era um público mais underground e hoje é literalmente é uma fusão de tribos!!!(rsrsr)
O fato é que logo me apaixonei por aquilo ver Djs brasileiros que literalmente destruíam a pista como Feio, Mack, Marcelo Vor, nossa era impressionante a capacidade que eles tinham de dominar uma pista e levar a galera ao delírio, logo já fui dando meus primeiros passos para me tornar um Dj, mesmo assim ainda não estava satisfeito eu achava que as coisas tinham tomado uma proporção bem grande e dai à necessidade de se criar uma agencia no qual levou a união de sócios que já estavam no meio dessa cena como Mikeda que já fazia algumas festas em campinas junto mesmo com o pessoal que criou o kraft (Club underground de Campinas que tem grande respeito por muitos djs que la passaram (Lucas, Japão, Thiago Longuini, Salim foram seus criadores) e abraçou a causa junto.
Ponto positivo na carreira como Dj acho que tem vários como poder de mexer com os sentimentos das pessoas saber que vc pode levar isso para cima ou para baixo com facilidade e mesmo vendo que cada vez mais a profissionalização ta acontecendo e o Dj sendo reconhecido, como profissão, afinal realmente é uma profissão que depende de muita coisa para acontecer e você se firmar.
Ponto negativo e que muitas pessoas começam um curso e já acham que sabem tocar e muitas vezes acabam fazendo besteira numa apresentação esse e o lado negativo pessoas que começaram e já por cobrarem cachês bem mais baixos acabam tirando profissionais com competência porque os muitos produtores de noites não estão preocupados com a qualidade do som e sim para se ter um dj, então acho isso um ponto negativo para o cenário.
2-) De lá para cá, o que mais te impressionou na cena?
R: Impressionou o tamanho que a cena eletrônica tomou antigamente as festas grandes tinham 3 a 4 mil pessoas hoje temos xxxperience com 30.000, Tribe com 20.000, kaballah com 14.000 mil poxa então isso para quem viu tudo desde o começo que viu a raves de techno chegando e as de trance tomando essa proporção acaba ficando ate assustados! Mas a profissionalização também chegou com esse crescimento o que é muito importante.
3-) Segundo a sua experiência como dj e organizador de festa, o que você acha que aprendemos, desde o início da cena até hoje, e onde erramos?
R: Olha aprendemos que independente do evento temos que fazer as coisas com profissionalização naum adianta achar que é tudo como antigamente que vai funcionar porque não vai.
As festas hoje em dia requerem um cuidado muito maior por isso à dificuldade de se fazer um evento bem estruturado com organização, mas ainda acredito que no Brasil, mesmo com essa polemica de proibir ou regulamenta ainda teremos grandes eventos e ta ai a kaballah já para provar isso o Amaury sempre foi um grande amigo e respeito muito o trabalho dele como Dj Gugha e como também produtor e realizador da kaballah uma das festas mais bem organizadas que freqüento ultimamente.
4-) Qual o lado da cena underground que a cena maistream carrega?
R: Hoje em dia falar de underground e bem mais difícil eu pelo menos tenho o conceito de underground muito mais diferente do que se vê hoje em dia o underground era uma coisa mais para quem gostava mesmo sabia o que rolava! Quem tava tocando! Ia nos lugares para ouvir um som diferente o lugar era bem mais ¨huts¨
5-) A Party On é uma agência de djs que partiu para outros ramos dentro da música eletrônica ou é uma empresa segmentada que agencia djs?
R: A Party On não ficou só no foco de Djs é preciso ter algo a mais para sobreviver nesse mercado, com certeza ai criamos aulas de Discotecagem, Cursos de produção, Viagens na parte de turismo e tudo mais e é claro de alguns eventos que fizemos tanto indoor quanto open.
6-) Como você vê o monopólio de mercado exercido por algumas organizações, que antes organizavam festas e agora passaram a dominar outros nichos de mercado, como a No Limits, por exemplo, que hoje utiliza quase 100% dos próprios serviços, concorrendo com outras organizações da cena?
R: E temos que ver que eles foram os pioneiros na cena então não adianta achar que eles não teriam esse poder concordo que muitas vezes o monopólio esta feito não por questão dos própios artistas para proteger entende muitas pessoas são aventureiros nisso fazem a festa sem pensar numa boa estrutura em segurança para o publico eles tomaram uma proporção que seria inviável a eles sempre ficarem terceirizando serviços pelo tanto de festas que realizam compensa a eles terem tudo próprio mesmo.
Quanto ao lado do artista e uma segurança para eles pois os mesmos vem se apresentam depois não recebe a outra parte de seu cachê porque os organizadores alegam que a festa não deu certo então esse monopólio as vezes e preciso para proteger o próprio artista.
7-) Você considera esse domínio de mercado um vilão para a cena? Se não, quais os verdadeiros vilões?
Vilão de forma nenhuma se os organizadores tivessem mais cuidado em fazer determinados eventos, os artistas se sentiriam mais seguros não iriam correr o risco de receber apenas uma parte do seu cachê e assim não exigiriam esse trabalho das própias agencias ! eles preferem ter agencias responsáveis para saber que não vão correr esse risco de chegarem numa apresentação propia e não ter público ou não receberem seus cachês isso é culpa de aventureiros que acham que é simples fazer um evento.
8-) Principais dificuldades pelas qual você e sua empresa passaram.
Olha as dificuldades em si não estao só na agencia isso tudo é muito maior do que as pessoas pesam, pode soar como um bicho de sete cabeças para aventureiros ou desavisados mas pra quem e do ramo atender a todas as exigências é rotina.
Para nos da Party On festa é uma prestação de serviço e não uma brincadeira de fim de semana tem muita gente envolvida que depende de nós para manter suas famílias e isso que nos leva acreditar e partir cada vez mais para uma regulamentação de festas e não uma proibição o maior obstáculo enfrentado por todos hoje é a proibição as festas enquanto se devia pensar numa regulamentação.
9-) Metas e desafios.
Como metas é seguir nosso trabalho e ver o reconhecimento e carinho da galera do publico em geral quanto a desafios é buscar um respeito internacional já que o Brasil é e será um berço da musica eletrônica durante muitos e muitos tempos.
10-) Considerações finais. Num Importa o tempo se as festas eram de uma forma e agora são de outras visavam um objetivo e hoje visam outros gostaria de fazer essa diferença da seguinte forma vamos colocar duas palavras nisso ¨variedade¨ e ¨diferença, quando vemos um jardim de flores e notamos que há diferenças como variações. Assim fazendo, experimentamos bons sentimentos. A variedade é vista como algo positivo.Quando vemos um grupo de pessoas e , como as flores notamos que é uma diferente da outra, tendemos a pensar que elas são diferentes. A palavra diferença de certa forma esta associada a dificuldade e ao medo, e facilmente ergue barreiras defensivas fica ai uma analogia a ser feita
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
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